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A faiança egípcia era um material cerâmico criado para se parecer com pedras preciosas, como turquesa e lápis-lazúli. Os antigos egípcios usavam faiança para produzir uma variedade de objetos, incluindo jóias, estatuetas, azulejos e elementos arquitetônicos. Objetos de faiança eram comuns no Egito antigo, bem como em outras regiões do Oriente Próximo e do Mediterrâneo.
Composição
A faiança consiste em uma cerâmica vitrificada feita de quartzo moído ou areia. A queima do material em um forno produz uma superfície semelhante a um vidro com uma cor azul esverdeada brilhante. No Egito antigo, a faiança era conhecida como "tjehnet", que significa brilhante. Suas propriedades reflexivas e esplendor simbolizavam vida, reencarnação e imortalidade.
Produção e História Tecnológica
Os métodos de fazer faiança começaram no período pré-dinástico, antes de 3000 a.C. Os artesãos começaram a vitrificar objetos feitos de pedra-sabão. Eles também tentaram modelar pasta de quartzo. Usando técnicas de trabalho em pedra, eles fizeram miçangas e amuletos de faiança. Durante o período do Reino Médio, a produção de faiança foi desenvolvida e refinada com a adição de compostos de cobre. No período do Novo Reino, por volta de 1500 a.C., o advento da tecnologia do vidro enriqueceu a faiança com outros tons e esmaltes. Os artesãos também misturavam faiança com os mesmos materiais usados para fazer vidro. O material novo e aprimorado levou a designs, cores e formas inovadoras. Esses artefatos são considerados os melhores exemplos de faiança egípcia. Uma mudança gradual em direção à cerâmica envidraçada levou ao declínio da faiança no mundo antigo.
Amuletos
Os amuletos não eram apenas acessórios decorativos no Egito antigo, mas parte integrante da vida espiritual. Os egípcios usavam amuletos para se defender contra doenças, trazer boa sorte e repelir espíritos malignos. Eles também enterraram amuletos com os mortos para proteger suas almas na vida após a morte. Com sua urre maleável, a faiança poderia ser esculpida para representar divindades protetoras, como o deus Thoth. A cor da faiança também era perfeitamente adequada para amuletos, uma vez que, na cultura egípcia, o verde azulado simbolizava a vida e a boa saúde.
Decoração de Templo e Tumba
Os egípcios usavam faiança para objetos de grande valor, como decorações de palácio e embarcações imperiais. Da mesma forma, eles empregavam faiança nas oferendas sagradas do templo, nas decorações dos túmulos e nas decorações das múmias. Eles esculpiram figuras de divindades, humanos, animais e símbolos a serem oferecidos como dedicação em santuários em todo o Egito. A faiança também serviu como um material útil para esculpir pequenos azulejos para embutir nos móveis. Os egípcios produziram esses itens como presentes graves. Eles fizeram azulejos maiores para decorar palácios, templos e túmulos. Os exemplos mais notáveis de azulejos de faiança egípcia são 36.000 espécimes que revestem as câmaras subterrâneas da pirâmide do rei Djoser em Saqqara.