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A evolução da vida na Terra tem sido objeto de intenso debate, várias teorias e estudos elaborados. Influenciados pela religião, os primeiros cientistas concordaram com a teoria da concepção divina da vida. Com o desenvolvimento de ciências naturais, como geologia, antropologia e biologia, os cientistas desenvolveram novas teorias para explicar a evolução da vida através de leis naturais, em vez de instrumento divino.
Evolução, mas como?
No século XVIII, o botânico sueco Carolus Linnaeus baseou sua categorização de espécies na teoria da vida imutável criada por Deus. Inicialmente, ele acreditava que todos os organismos apareciam na Terra em sua forma atual e nunca mudavam. Linnaeus estudou os organismos como um todo e os categorizou com base nas semelhanças que os indivíduos compartilhavam. Incapaz de considerar que os organismos podem mudar com o tempo, ele não pôde fornecer uma explicação para os híbridos de plantas resultantes de processos de polinização cruzada com os quais ele experimentou. Ele concluiu que as formas de vida poderiam evoluir, afinal, mas ele não sabia dizer por que nem como.
Evolucionismo
No final do século 18, o naturalista George Louis Leclerc sugeriu que a vida na Terra tinha 75.000 anos e que os homens haviam descido dos macacos. Outro passo na teoria da evolução foi dado por Erasmus Darwin, avô de Charles Darwins, que disse que a Terra tinha milhões de anos e que as espécies evoluíram, mesmo que ele não soubesse explicar como. Jean-Baptiste de Lamarck, o primeiro evolucionista a defender publicamente suas idéias, acreditava que os organismos haviam evoluído constantemente, de organismos inanimados a animados e até humanos. Sua teoria era que a evolução se baseava em uma cadeia contínua de características herdadas passadas dos pais para os filhos que evoluíram a cada geração até produzir a espécie perfeita e definitiva: os humanos.
Catastrofismo e Uniformitarismo
No início do século XIX, o cientista francês Georges Cuvier explicou a evolução através de violentos eventos catastróficos ou "revoluções" que haviam contribuído para a extinção de espécies antigas e o desenvolvimento de espécies para substituí-las no ambiente recém-criado. Ele baseou sua teoria na descoberta no mesmo local de fósseis de espécies diferentes. A teoria de Cuviers foi desafiada pelo geólogo inglês Charles Lyell, desenvolvedor da teoria do uniformitarismo. Ele disse que a evolução foi influenciada por mudanças lentas desde o início dos tempos, na forma da superfície terrestre que não podia ser percebida pelo olho humano.
Seleção natural
A metade do século XIX foi marcada por uma nova teoria, a de Charles Darwin, que baseou sua teoria da evolução nos conceitos de seleção natural e sobrevivência dos mais aptos. De acordo com seu estudo “Sobre a origem das espécies”, publicado em 1859, o processo de seleção natural permite que indivíduos com as características mais adequadas em uma espécie não apenas sobrevivam, mas também transmitam essas características aos seus descendentes, produzindo mudanças evolutivas na natureza. as espécies ao longo do tempo, à medida que características menos adequadas desaparecem e características mais adequadas perduram. Darwin também acreditava que a natureza produz um número maior do que o necessário de indivíduos de uma espécie para permitir a seleção natural. A sobrevivência do mais apto representa o instinto de preservação da natureza para garantir que apenas os indivíduos mais fortes e mais adequados sobrevivam e se propaguem em um ambiente em constante mudança.